Embora seja mais comum o uso da expressão “Mobile art” associada a obras realizadas com o celular, a mudança dos dispositivos de conexão a distância tem ampliado a acepção mais relacionada à idéia de mobilidade, o que significa dizer que “Mobile art” também não é sinônimo de obras realizadas com celulares.
Em alguns países, onde a palavra mobile é sinônimo de celular, é mais comum haver o condicionamento da expressão a esse tipo de dispositivo. No Brasil, usa-se a sinonímia “Arte móvel”, não restando então nenhuma dúvida sobre a amplitude da aplicação da expressão.
Assim, nesse verbete, são consideradas tanto as expressões “Mobile art” quanto “Arte móvel” como designadoras de obras criadas com, ou a partir de dispositivos móveis, onde a questão da mobilidade pode ser parte da essência poética da obra ou mera qualidade dos dispositivos tecnológicos utilizados. Apesar da amplitude de aplicação dos termos, existe um fator exclusivo: esse tipo de obra depende do uso desses dispositivos, ou seja, das mídias locativas.
O mapeamento das obras com mídias locativas pode ser muito amplo, assim a sua delimitação em campos de aplicação ou áreas de conhecimento. Se situa numa zona crítica, tornando dificultoso, em muitos casos, o lançamento de critérios que permitam localizar com segurança obras que se qualifiquem como artísticas. Embora esse pareça um mérito da arte em geral, é possível rastrear pistas que nos permitem examinar as fronteiras a fim de entender a produção artística nessa especificidade.
As fronteiras são uma zona de contaminação, ou se preferirmos, podemos dizer que ocorre aí uma cross fertilization, que reorganiza o sistema da “Mobile art”.
As zonas de contaminação envolvem interatores, propositores e dispositivos de controle, que podem estar na mão do usuário ou fora dela. Há ainda as influências externas que contaminam esse sistema de fora pra dentro, mas ao mesmo tempo abrem as portas de contaminação de dentro para fora, que num ciclo contínuo, que gera outras influências externas, de modo que novas obras vão surgindo, ocupando a mesma tecnologia, ou aproveitando o know how desta, para criar com outras tecnologias que emergem.
Artistas:
• André Lemos
• Andrei Tomaz
• Bruno Paulino
• Bruno Viana
• Eder Santos
• Elga Stein
• Estela Fontes
• Fabio Oliveira Nunes (Fabio FON)
• Fernando Silva
• Fernando Velázquez
• Gisele Beiguelman
• Guilherme Aguillar
• Gustavo Ludevic
• Jarbas Jacome
• Kiko Goifman
• Lucas Bambozzi
• Marcus Bastos
• Marta Gabriel
• Nacho Durán
• Ricardo Palmieri
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