terça-feira, 26 de abril de 2011

Mobile Art

A expressão “Mobile art” designa certo tipo de produção artística que transita em um meio mais amplo, também chamado de mídia locativa. Por mídias locativas entende-se as mídias, ou dispositivos móveis, voltados para aplicações a partir de um local envolvendo ação de interação à distância. Nessa relação interativa, tanto o dispositivo quanto o espaço e o usuário são partes formadoras inseparáveis na ação. Os principais dispositivos de característica locativa são o celular, o palm, o GPS, os computadores portáteis e vestíveis, bem como aparatos wireless em geral. Os usos que se faz desse tipo de mídia variam desde pura transmissão de informação ou entretenimento até propostas artísticas complexas. Apesar da similaridade entre essas expressões não se trata de sinônimos, mas de alta proximidade entre os conceitos. É possível definir “mobile art” como uma das formas de arte realizadas com mídias locativas, mas nem toda a arte feita com celular se caracteriza como obra qualificada como locativa. Por exemplo, é possível criar-se vídeos, teasers, motion graphics e game art para celular sem envolver a interação à distância na fruição da obra, ou o conceito de local – termo precioso para as mídias locativas. A obra pode ser gravada e acessada a partir da memória do próprio dispositivo, sem requerer a situação de conexão. Ou seja, mesmo que o aparelho se encontre sem sinal de chamada, em local de sombra ou interferência de sinais, é possível visualizar e/ou interagir com a obra.
Embora seja mais comum o uso da expressão “Mobile art” associada a obras realizadas com o celular, a mudança dos dispositivos de conexão a distância tem ampliado a acepção mais relacionada à idéia de mobilidade, o que significa dizer que “Mobile art” também não é sinônimo de obras realizadas com celulares.
Em alguns países, onde a palavra mobile é sinônimo de celular, é mais comum haver o condicionamento da expressão a esse tipo de dispositivo. No Brasil, usa-se a sinonímia “Arte móvel”, não restando então nenhuma dúvida sobre a amplitude da aplicação da expressão.
Assim, nesse verbete, são consideradas tanto as expressões “Mobile art” quanto “Arte móvel” como designadoras de obras criadas com, ou a partir de dispositivos móveis, onde a questão da mobilidade pode ser parte da essência poética da obra ou mera qualidade dos dispositivos tecnológicos utilizados. Apesar da amplitude de aplicação dos termos, existe um fator exclusivo: esse tipo de obra depende do uso desses dispositivos, ou seja, das mídias locativas.
O mapeamento das obras com mídias locativas pode ser muito amplo, assim a sua delimitação em campos de aplicação ou áreas de conhecimento. Se situa numa zona crítica, tornando dificultoso, em muitos casos, o lançamento de critérios que permitam localizar com segurança obras que se qualifiquem como artísticas. Embora esse pareça um mérito da arte em geral, é possível rastrear pistas que nos permitem examinar as fronteiras a fim de entender a produção artística nessa especificidade.
As fronteiras são uma zona de contaminação, ou se preferirmos, podemos dizer que ocorre aí uma cross fertilization, que reorganiza o sistema da “Mobile art”.
As zonas de contaminação envolvem interatores, propositores e dispositivos de controle, que podem estar na mão do usuário ou fora dela. Há ainda as influências externas que contaminam esse sistema de fora pra dentro, mas ao mesmo tempo abrem as portas de contaminação de dentro para fora, que num ciclo contínuo, que gera outras influências externas, de modo que novas obras vão surgindo, ocupando a mesma tecnologia, ou aproveitando o know how desta, para criar com outras tecnologias que emergem.

Artistas:
André Lemos
Andrei Tomaz
• Bruno Paulino
• Bruno Viana
• Eder Santos
• Elga Stein
• Estela Fontes
Fabio Oliveira Nunes (Fabio FON)
• Fernando Silva
• Fernando Velázquez
Gisele Beiguelman 
• Guilherme Aguillar
• Gustavo Ludevic
• Jarbas Jacome
• Kiko Goifman
• Lucas Bambozzi
• Marcus Bastos
Marta Gabriel
• Nacho Durán
• Ricardo Palmieri

quinta-feira, 24 de março de 2011

Arte postal


arte postal, também conhecida pela expressão inglesa mail art, é uma forma de arte que utiliza objetos relacionados ao correio como meio. O termo arte postal pode se referir a uma mensagem individual, o meio pelo qual ela é enviada, ou a um gênero artístico. Muitas vezes ela é também referida em inglês como Correspondence/Mail Art (CMA). Ela se iniciou em meados do século XX na "Correspondance Art School" de Nova Iorque e teve grande expressão nas décadas de 1970 e 1980.
Artistas postais tipicamente trocam efêmeras na forma de cartas ilustradas, fanzinesenvelopes decorados ou ilustrados, cartões postais, objetos tridimensionais, etc. Uma rede internacional de arte postal amorfa envolvendo milhares de participantes em mais de cinquenta países desenvolveu-se entre as décadas de 1950 e 1990. Ela foi influenciada por outros movimentos, como o Dadaísmo e oFluxus.
Uma ideia da arte postal é a de troca sem comércio; a arte postal inicial era, em parte, uma esnobada de galerias de arte, show de jurados, e exclusividade em arte. Um dito no movimento de arte postal é "remetentes recebem" ("senders receive"), significando que alguém não deve esperar receber arte postal a menos que participe ativamente do movimento.

Artistas conhecidos de arte postal

  • Vittore Baroni
  • John M. Bennett
  • Guy Bleus
  • Mark Bloch
  • Hans Braumüller
  • Guglielmo Achille Cavellini
  • Monte Cazazza
  • Ryosuke Cohen
  • Marcelo Dolabela
  • Ruud Janssen
  • Ray Johnson


Artes postais famosas